sábado, 6 de março de 2010

Reocupação do prédio do DAER onde funciona a CEUL, que está em processo de venda.

Em novembro do ano passado a governadora Yeda Crusius entrou com projeto de lei para venda e demolição da casa do Estudante Universitário Leopoldense. Desde então temos travado uma luta de resistência contra o neoliberalismo do governo do estado. Essa resistência tem se dado em grande medida com o auxílio do movimento popular, hip-hop, associação de moradores, etc. Por tal motivo estamos propondo uma reorganização Urgente da estrutura do prédio, para suportar uma ampliação também Urgente das Vagas, propondo também uma reocupação do espaço por estudantes de vários níveis e artistas que queiram utilizar o espaço para expor seu trabalho.

Contando com alguns apoios, estamos buscando materiais de construção para pequenas reformas e mobilia, principalmente camas e colchões.Sem a massificação da Casa e do prédio ocupado pela Ceul, não conseguiremos força suficiente para vencer a guerra contra a Governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, e garantir o Direito de Moradia a Estudantes da cidade e de fora dela.

O número de 30 pessoas na casa é a proposta que defendemos para a ampliação, pois acreditando que o aumento das vagas (hoje são 15) é uma das maneiras de legitimar a ocupação do lugar. Esse aumento seria possível entre outras coisas acabando com quartos individuais, que somam cinco dos nove existentes na casa. O diálogo com alguns dos Moradores da Ceul no entanto foi impossível, que alegando "medo dos intrusos" (maneira pela qual estes moradores designaram os militantes do movimento popular que se alojaram na casa do Estudante), não permitiu sequer que os novos ocupantes se apresentassem, e como se não fosse o suficiente, requisitaram a presença da polícia militar.Os "novos ocupantes" se alojaram em vagas já ociosas e em vagas recém criadas em quartos de moradores apoiadores da reocupação. Atualmente das quinze vagas apenas 10 estão ocupadas, pois durante o período de férias houve 5 moradores que sairam da casa.

Entendemos que o momento é de aglutinar para a luta contra a expulsão representada pelo projeto de venda da governadora.Queremos dialogar com todos os Moradores da Ceul, e estamos trabalhando para que todos entendam a causa maior, dividindo seus quartos individuais com os novos ocupantes e permitindo a integração de todos que necessitam, deste e de outros espaços de moradia.Estamos em luta contra Yeda e pelo direito a moradia Jovem e estudantil, querendo ampliação de Vagas não somente nas Casas de Estudante existentes em São Leopoldo mas pela criação de Novas Casas, e assim iremos prosseguir. Não vemos qualquer motivo para o tipo de atitude tomada pelos colegas, que trata jovens de movimentos sociais e classes populares da cidade como ameaças a serem combatidas com polícia, atitudes como essa lembram o conservadorismo e elitismo reinantes no ensino superior brasileiro e não a disposição de construir a luta do ME contra o neoliberalismo e os direitos que este ataca, como educação e moradia.Ocupar! Resistir!


Daniel Mirc
Unisinos

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